Nossa sociedade, consumista, está apresentando uma versão
contrária aos verbos, “ter” e “ser”, em relação ao que nos diz Jesus sobre eles.
O primeiro apresentado pela sociedade contemporânea. O último expressado e ‘escolhido’
por Deus.
A “vida” nos prega algumas peças. Somos, em muitos casos,
enganados, achando que as compras nos fazem felizes; pelo contrário, são
paliativos para amenizar nossas angústias e decepções, tristezas e
ressentimentos. Contudo, as novas gerações, cada vez com mais frequência,
trocam os templos sagrados pelos shopping centers. Há de se ter tempo também
para o culto a Deus, pois o domingo, mais do que um dia de lazer, é o dia
dedicado ao Senhor. Vejamos o que o Catecismo da Igreja Católica nos ensina: “O
domingo é um tempo de reflexão, de silêncio, de cultura e meditação que
favorecem o crescimento da vida interior cristã” (inciso CIC – 2186).
Enquanto o próprio jovem não se
convencer de que ele é muito mais importante do que um tênis de marca, um celular
da moda ou um vídeo-game atual, essa situação não mudará, e ele continuará
vivendo uma vida vazia e sem sentido. Urge a necessidade de uma metanóia; mais
do que isso, é preciso se deixar transformar pelo Espírito Santo de Deus,
ouvindo-o e seguindo, com docilidade, suas orientações, pois Deus fala a quem
quer ouvir e ouve quem está disposto a mudar.
Todavia, muitas pessoas costumam apresentar a
crise do “ter” e do “ser”, ou seja, já não diferenciam essas duas situações. Os
valores do mundo sempre nos motivarão a buscar o “ter” em nossa vida. Dizem
que, quanto mais temos, melhores somos, porque, assim, teremos status diante
da sociedade; estaremos incluídos numa determinada “tribo”, etc. Porém, os
valores pregados por Jesus vão, justamente, na contramão desses pensamentos
perversos. O Senhor nos pede para valorizarmos o “ser” filho de Deus, o “ser”
uma pessoa de caráter, digna, honrosa, pois esses valores não estão à venda;
somente Deus pode proporcioná-los a nós. Por outro lado, não podemos achar que
o “ser”e o “ter” são tão opostos a ponto de não haver um ponto de equilíbrio
entre ambos. Confúcio, filósofo chinês, dizia que “a virtude está no meio”.
Então, nos esforcemos para buscar o equilíbrio em todas as nossas atitudes.
Trecho do texto, com adaptações: destrave.cancaonova.com
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