Vários segmentos da sociedade civil de Petrolina estão se organizando em campanha contra a possível privatização dos serviços de água e esgotos prestados pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa).
Um dos representantes da campanha contra a privatização, Padre Luiz Ângelo, explica por que a iniciativa tem se mostrado contra a privatização. “Uma concessão de trinta anos é na verdade uma privatização mesmo. Então nós atuamos contra essa privatização. E essas empresas privadas prometem e depois não cumprem, e quem sofre com isso é só a nossa comunidade. Temos aí o exemplo da Bahia, quando se quis privatizar a Embasa, antes de autorizar, o Governo do Estado já tinha recebido o dinheiro antecipado. Nessa questão da água existem muitos interesses” destacou.
O padre Luiz explicou, ainda, que várias entidades de Petrolina estão unidas contra a privatização. “Temos pelo menos 15 entidades, entre elas o Levante Popular da Juventude, diretórios da Univasf, temos alguns coletivos, sindicatos que estão defendendo o que a Igreja nos ensina: que a água é um bem público e não pode ser usado como moeda”, explicou.
De acordo com o religioso, um estudo realizado por um professor da Univasf tem apresentado os resultados negativos das privatizações. “Aqui em Petrolina se fala em municipalização, mas de fato não é assim. Você retoma um serviço do Governo do Estado e se repassa esse serviço a uma empresa privada. É uma privatização. Pelas informações que temos do professor Moraes, que tem percorrido algumas cidades e feito estudos, as consequências têm sido as piores possíveis”, finalizou. Fonte: carlosbritto.com
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