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sábado, 30 de março de 2013

Oitava estação: Jesus consola as mulheres.


Do evangelho segundo São Lucas 23,28-31:
“Jesus voltou-Se para elas e disse-lhes: ‘Mulheres de Jerusalém, não choreis por Mim; chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos. Pois dias virão em que se dirá: “Felizes as estéreis, as entranhas que não tiveram filhos e os peitos que não amamentaram”. Nessa altura, começarão a dizer aos montes: “Caí sobre nós”, e às colinas: “Cobrinos”. Porque, se fazem assim no madeiro verde, que será no madeiro seco?’.”
Meditação
As palavras com que Jesus adverte as mulheres de Jerusalém que O seguem e choram por Ele fazem-nos refletir. Como entender tais palavras? Não se trata porventura de uma advertência contra uma piedade puramente sentimental, que não se torna conversão e fé vivida? De nada serve lamentar, por palavras e sentimentalmente, os sofrimentos deste mundo, se nossa vida continua sempre igual. Por isso, o Senhor nos adverte do perigo em que nós próprios nos encontramos. Mostra-nos a seriedade do pecado e a seriedade do juízo. Apesar de todas as nossas palavras de horror diante do mal e dos sofrimentos dos inocentes, não somos nós porventura demasiadamente inclinados a banalizar o mistério do mal? Da imagem de Deus e de Jesus, no fim das contas, não admitimos apenas o aspecto terno e amável, enquanto tranquilamente cancelamos a dimensão do juízo? Como poderia Deus fazer-Se um drama com nossa fragilidade – pensamos conosco –, não passamos de simples homens?! Mas, fixando os sofrimentos do Filho, vemos toda a seriedade do pecado, vemos como tem de ser expiado até o fim para poder ser superado. Não podemos continuar a banalizar o mal, quando vemos a imagem do Senhor que sofre. Também a nós, diz Ele: Não choreis por Mim, chorai por vós próprios... porque, se tratam assim o madeiro verde, que será do madeiro seco?

Oração
Senhor, às mulheres que choravam, falastes de penitência, do Dia do Juízo, quando nos encontrarmos diante da Vossa face, a face do Juiz do Mundo. Chamais-nos a sair da banalização do mal que nos deixa tranquilos para podermos continuar nossa vida de sempre. Mostrai-nos a seriedade de nossa responsabilidade, o perigo de sermos encontrados, no Juízo, culpados e estéreis. Fazei com que não nos limitemos a caminhar ao Vosso lado oferecendo apenas palavras de compaixão. Convertei-nos e dai-nos uma vida nova; não permitais que acabemos por ficar como um madeiro seco, mas fazei que nos tornemos ramos vivos em Vós, a videira verdadeira, e produzamos fruto para a vida eterna (Jo 15,1-10).

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