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sexta-feira, 29 de março de 2013

Primeira estação: Jesus é condenado à morte.






Do evangelho segundo São Mateus 27,22-23.26:
“Retorquiu-lhes Pilatos: ‘E que hei de fazer de Jesus que é chamado Messias?’. Replicaram todos: ‘Seja crucificado!’. Pilatos insistiu: ‘Então, que mal fez Ele?’. Mas eles gritavam mais ainda: ‘Seja crucificado!’. Soltou-lhes então Barrabás. E a Jesus, depois de tê-lo mandado açoitar, entregou-O para ser crucificado.”

Meditação

O Juiz do Mundo, que um dia voltará para nos julgar a todos, está ali, aniquilado, insultado e inerme diante do juiz terreno. Pilatos não é um monstro de malvadez. Sabe que o condenado diante dele é inocente; procura um modo de libertá-Lo. Mas seu coração está dividido. E, no fim, faz prevalecer sua posição, faz prevalecer a si mesmo, sobre o direito. Também os homens que gritam e pedem a morte de Jesus não são monstros cruéis. Muitos deles, no dia de Pentecostes, sentir-se-ão “emocionados até ao fundo do coração” (At 2,37), quando Pedro lhes disser: “Jesus de Nazaré, Homem acreditado por Deus junto de vós, vós O matastes, cravando-O na cruz pela mão de gente perversa” (At 2,22.23). Mas naquele momento sofrem a influência da multidão. Gritam porque os outros gritam e como gritam os outros. E, assim, a justiça é relativizada pela covardia, pelo medo da mentalidade predominante. A voz sutil da consciência fica sufocada pelos brados da multidão. A indecisão e o respeito humano dão força ao mal.

Oração

Senhor, fostes condenado à morte porque o medo do olhar alheio sufocou a voz da consciência. E, assim, acontece que, sempre ao longo de toda a história, inocentes são maltratados, condenados e mortos. Quantas vezes também nós preferimos o sucesso à verdade, nossa reputação à justiça. Dai força, na nossa vida, à voz sutil da consciência, à Vossa voz. Olhai-me como olhastes para Pedro depois de Vos ter negado. Fazei com que o Vosso olhar penetre em nossas almas e indique a direção para nossa vida. Àqueles que na Sexta-feira Santa gritaram contra Vós, no dia de Pentecostes destes a contrição do coração e a conversão. E assim destes esperança a todos nós. Não cesseis de dar também a nós a graça da conversão.
Texto: wiki.cancaonova.com

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