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terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Natal: nascimento de Jesus ou tempo de consumismo?

Essa seria uma resposta simples, e todos os que se dizem cristãos deveriam tê-la na ponta da língua, quisera no coração. No entanto, faça essa pergunta a uma criança e a resposta estará relacionada a papai Noel, festas e presentes. No Natal, assim como na celebração pascal, nas festas juninas e em outras datas importantes do Cristianismo, está se tornando sinônimo de consumismo.
O Papa emérito Bento XVI, na Missa do Galo de 2011, disse que “o Natal tornou-se uma festa de negócios, cujo fulgor ofuscante esconde o mistério da humildade de Deus”.
Sem recorrer a fantasias de “teoria da conspiração”, não podemos negar que existe uma ideologia anticristã bem articulada com o intuito de transformar a sociedade em um organismo indiferente à religião. 
Há tempos que as conferências episcopais de vários países, além da própria Santa Sé, têm nos chamado à atenção para uma perversa tentativa de excluir as expressões religiosas – como festas e feriados -, da esfera pública, assim como a negação dos direitos iguais e a “marginalização social dos cristãos” 
No início de 2012, por exemplo, a Comissão Europeia disponibilizou mais de três milhões de cópias de uma agenda com as cores da União Europeia. A agenda continha feriados judeus, hindus, islâmicos, sikhs, mas não havia os feriados cristãos, nem sequer o dia 25 de dezembro, quando a Igreja comemora o Natal, nascimento de Jesus Cristo. Depois de uma petição feita por  mais de 37 mil europeus, em 7 línguas, os feriados voltaram à agenda.
Se, na Europa, estão querendo banir as festas religiosas dos calendários, a estratégia no Brasil é desvirtuá-las. A transformação das festas cristãs em ‘festas de comércio’ também é uma forma de ridicularização e zombaria da religião, consequência de um mundo cada vez mais secularizado e anticristão. 
Já alertava o Papa João Paulo II, na carta apostólica Dies Domini, sobre a realidade perversa que transforma o tempo de encontro com Deus num tempo de consumo.
Existem duas festas cristãs que são ‘colunas’ do ano litúrgico: a Páscoa e o Natal. Mas, junto delas, associaram-se duas datas importantes para o comércio. 
Em primeiro lugar, é preciso uma urgente e sólida reeducação dos valores religiosos em nossas crianças e jovens. Em segundo, um forte testemunho de vivência das nossas festas religiosas em nossas paróquias e comunidades. Somado a isso, é preciso renunciar ao consumismo e resistir aos apelos midiáticos tão intensos nas festas católicas.
Portanto, com todo respeito ao “bom velhinho”, é preciso retirá-lo de cena para que o Cordeiro Imolado assuma o seu lugar. (Fonte: parte de texto do: destrave.cancaonova.com - Fotos: google.com) 



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