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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Igreja abre processo de beatificação de casal que viveu no Rio de Janeiro.

foto_52O arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, anunciou na última segunda-feira, 20, durante missa solene da Igreja dos Capuchinhos, na Tijuca, na Zona Norte do Rio, o início do processo de beatificação do casal Jerônimo de Castro Abreu Magalhães e Zélia Pedreira Abreu Magalhães. Eles serão o primeiro casal brasileiro a ser beatificado, caso o Vaticano aceite a reivindicação.
Como lembrou o arcebispo, o casal viveu quando o Brasil Império se tornava República, em um período de transições e adversidades. “Eles mostraram em vida que independente das circunstâncias históricas ou sociais, é possível viver segundo o evangelho, demonstrando amor e caridade”.
De acordo com Dom Orani, o tribunal eclesiástico para comprovar as virtudes do casal já foi feito. “A partir de agora não depende de mim. Depende dos documentos. Mas o processo está mais rápido agora”.
restos_mortaisApós a missa, os restos mortais – que ficaram posicionados no altar – foram levados em carreata para a Paróquia Nossa Senhora da Conceição da Gávea, na Zona Sul da cidade. Assim como no caso da menina Odetinha, cujo processo de beatificação foi aberto em janeiro de 2013, nessa primeira fase, uma comissão deve ouvir pessoas e analisar documentos relativos à vida do casal.
“A trajetória deles é muito interessante, pois todos os seus filhos escolheram seguir a Deus”, destacou Dom Roberto, nomeado por Dom Orani para fazer um levantamento histórico sobre Zélia e Jerônimo. De acordo com Dom Roberto, eles morreram pobres, mas ambos com fama de santidade. “A Igreja está dando uma resposta ao povo, pois ao longo de todos esses anos seus nomes continuaram mobilizando devotos e atraindo admiração”.
Ela, nascida na cidade de Niterói, e ele, nascido na Baixada Fluminense, tiveram 13 filhos. Desses, quatro morreram, e todos os outros nove tiveram uma vida dedicada à religião e à caridade.
documentosZélia e Jerônimo se casaram em 27 de julho de 1876 e, após uma temporada em Petrópolis, fixaram residência na Fazenda Santa Fé, perto do Carmo do Cantagalo. Na fazenda havia uma capela, onde inúmeras vezes ao dia o casal era visto rezando, assim como também seus escravos, que iniciavam o trabalho do dia sempre com oração conduzida por Jerônimo e Zélia no pátio da fazenda, pois o casal se preocupava muito com a vida espiritual deles. Por isso, incentivavam e promoviam a participação dos escravos nas missas, na catequese e nas confissões. Eles mesmos catequizavam os adultos e as crianças.
A comissão histórica montada há cerca de dois anos para realizar pesquisas sobre o casal já começou a colher depoimentos sobre milagres e ações realizados por Zélia e Jerônimo. Fonte: am730.com

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