A Copa
do Mundo começou e a sorte está lançada. É hora de um jogo que envolve a
sociedade inteira e, por isto mesmo, lhe dá a oportunidade de tratar de maneira
nova, adequada, a realidade sociopolítica e cultural. Uma ocasião que deve
ultrapassar a natural euforia própria e inevitável do futebol, tornando-se
força popular para empurrar o país na direção de reformas urgentes. Durante e após a Copa, é
preciso cultivar uma nova consciência social e suscitar um desejo mais apurado
de participação. As manifestações de junho do ano passado,
durante a Copa das Confederações, inauguraram esse momento novo, em que um
megaevento esportivo não se limitou ao aspecto futebolístico e aos espetáculos,
mas também envolveu suas incidentes dimensões políticas, culturais e sociais.
Portanto,
é hora de qualificar, ainda mais, o “discurso das ruas”, para que a política
não seja um balcão de negócios, com inescrupulosas barganhas que tomam bens da
coletividade como se fossem particulares ou de segmentos privilegiados. Que a mais significativa
vitória nesta Copa seja o fortalecimento de nossa capacidade para mudanças, com
a sabedoria para separar o joio do trigo. (Dom Walmor Oliveira de Azevedo)
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