Veja, a lógica demoníaca, idolátrica, blasfema desse pensamento - "Não temos pecado!" - é a pretensão fácil e louca de pensar que o pecado (que é quebradura da relação harmônica com Deus e, consequentemente, conosco mesmo, com os outros e com a inteira criação) pode ser vencido simplesmente negando sua existência porque a ele se entregou tudo, fazendo do mal bem, do errado certo, da treva luz!
Pretensão humana! Ilusão humana!
O homem não pode vencer o pecado, não pode sozinho livrar-se dele!
Para vencer o pecado, verdadeiramente, só há um caminho:
"Se confessarmos nossos pecados, Ele, que é fiel e justo, perdoará nossos pecados e nos purificará de toda injustiça!"
Compreende?
É necessário reconhecer corajosamente nosso pecado.
Mas, isto somente pode ser feito diante de Cristo, se tomarmos o Cristo como critério, medida, modelo e verdade da nossa existência!
Se eu me comparo comigo mesmo, estarei satisfeito de mim! Sou minha medida, sou o dono da minha vida!
Se eu me comparo com Cristo, o Novo Adão, o Homem Perfeito, meu Modelo, meu Critério, então vejo como sou insuficiente, como estou longe de mim mesmo, como há uma defasagem entre o que eu sou e o que Cristo Senhor me chama a ser!
Reconhecendo o meu pecado, me conheço, me reconheço!
Grito ao Senhor, a Ele confessando meu estado de alienação, de infidelidade, de insuficiência, a Ele peço perdão, a Ele suplico a graça de realmente mudar de vida!
E Ele, fiel e justo (tão justo, que justifica o pecador!), vem em meu socorro de concede-me, graciosamente, o Seu perdão! (Texto: Dom Henrique Soares)
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