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sábado, 14 de março de 2015

Quais os fundamentos bíblicos do Pai Nosso e da Ave Maria?

Padre Francisco Ferreira
* O Pai Nosso é inteiramente apresentado por Jesus em Mt 6,9-13 (com um paralelo reduzido em Lc 11,2-4). A única observação que podemos fazer é que na linguagem bíblica é comum se chamar a Deus de “tu”, enquanto em nossa cultura não se usa tal pronome para pessoas mais velhas, autoridades ou Deus e por isso chamamos a Deus de Vós. Assim, em vez de “teu nome”, nós dizemos respeitosamente, “vosso nome” e assim por diante.
* Quanto à oração da Ave Maria, trata-se de uma composição de cinco elementos: 
a) A saudação do Anjo Gabriel: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo” (Lc 1,28), declarando que Maria é cheia da graça de Deus;
b) A saudação de Isabel, cheia do Espírito Santo, ao receber a visita de Maria: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre” (Lc 1,42);
c) A declaração de que Maria é a mãe de Deus: Isabel a chama de “Mãe do meu Senhor” (Lc 1,43). Como boa judia, o Senhor de Isabel era unicamente Deus e somente pela ação do Espirito Santo ela poderia profetizar que o filho de Maria é Deus. Deus Filho, como a Igreja vai afirmar na definição da Trindade e por isso podemos chamá-la sem medo de “Mãe de Deus”;
d) A profecia de Maria: “todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (ou bendita) (Lc 1,48), como a própria Isabel acabara de falar;
e) A Tradição da Igreja, que considerou todos esses elementos e reconhecendo o valor da intercessão elaborou a parte final da oração.
Ave Maria, cheia de graça, o senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém
Por: Padre Francisco Ferreira 

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