Estudantes do Ensino Fundamental da Escola Municipal José Cícero de Amorim, situada no distrito de Rajada, desenvolveram um projeto capaz de diminuir e até acabar com o sal contido na água. Trata-se de dessalinizador, que aquecendo o líquido, deixa para trás apenas a salinidade no recipiente. Segundo os criadores, o objeto foi pensado devido à crise hídrica e idealizado para remover os sais das águas nos mananciais e reservatórios.
Como bem lembra a professora orientadora dos alunos, Williana Alves de Brito, o princípio do dessalinizador não é novo, mas duas coisas chamam a atenção: foi criado exclusivamente por alunos menores de 13 anos e mostra que é possível utilizar a água dos mares e dos subterrâneos, essa última, uma peculiaridade do Sertão pernambucano. “A nossa orientação foi para o aperfeiçoamento do dessalinizador doméstico. Mas a ideia surgiu deles; sempre pensando na questão da crise hídrica, criaram um projeto viável, que busca atender a realidade do sequeiro”, disse a orientadora, citando os poços aquíferos de Rajada.
Desenvolvido por quatro alunos, o processo de dessalinização da água começa a partir de uma caldeira de armazenagem da substância salobra, que, aquecendo-a, passa por uma mangueira de evasão até chegar ao receptor do líquido purificado. Para a criação do dessalinizador, os jovens cientistas precisaram estudar o princípio do estado físico da água e como colocá-lo em prática.
“No começo era mais por brincadeira. Como a água do planeta está diminuindo, procuramos alguma maneira de aproveitar outras fontes de água”, afirmou Cayq Vitor Coelho, 13, um dos criadores do dessalinizador. “Estávamos procurando uma forma de salvar o mundo”, completa Lucas Rodrigues Jr, 13.
Além de Cayq e de Lucas, participaram da criação do produto, os docentes Jailson Eugênio Amorim, 13, e Brendo Kennedy de Souza, 12. O projeto foi apresentado na 1ª Feira de Ciências do Município, ocorrido no último mês, e está concorrendo ao primeiro lugar da Mostra, na modalidade práticas do dia a dia. De acordo com eles, o dessalinizador continuará a ser aperfeiçoado.
Para o Secretário de Educação, esse, e outros projetos desenvolvidos nas escolas, faz parte do incentivo que a Secretaria, as unidades escolares e os professores dão para potencializar a criatividade e invenção dos alunos. “Não adianta nós termos educação de qualidade, com professores capacitados, se não investirmos na criatividade e no desenvolvimento do aluno. Cabe a nós ajudá-los a apontar como bons estudantes e, consequentemente, profissionais brilhantes”, conclui(Ascom PMP). (Fonte: am730.com.br)
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