Para entender o sentido da oração pelas pessoas que
já morreram é essencial compreender um pouco das realidades que existem após a
morte física: céu, purgatório e inferno.
As que morreram em perfeita amizade com Deus já
estão no céu em espírito, aguardam a ressurreição (exemplo do ladrão
arrependido de Lc 23,43) e não precisam de oração, mas podem orar por nós. As
que tiverem o triste destino do inferno não podem se beneficiar de nossas
orações e de lá jamais sairão. Então falta entender a doutrina a respeito do
purgatório e a utilidade de nossas orações por aqueles que se purificam para
entrar no céu:
“Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas
não estão completamente purificados, embora tenham garantida sua salvação
eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade
necessária para entrar na alegria do Céu.”
“No que concerne a certas faltas leves, deve-se
crer que existe antes do juízo um fogo purificador... Este ensinamento apóia-se
também na prática da oração pelos defuntos, da qual já a Sagrada Escritura
fala: "Eis por que ele (Judas Macabeu) mandou oferecer esse sacrifício
expiatório pelos que haviam morrido, a fim de que fossem absolvidos de seu
pecado" (2Mc 12,46).
Desde os primeiros tempos a Igreja honrou a memória
dos defuntos e ofereceu sufrágios em seu favor, em especial o sacrifício
eucarístico, a fim de que, purificados, eles possam chegar à visão beatífica de
Deus. A Igreja recomenda também as esmolas, as indulgências e as obras de
penitência em favor dos defuntos.”
Resumindo: devemos rezar sempre pelos mortos pois
não podemos saber em qual realidade eles se encontram e além do mais a oração
sempre fará bem ao menos a quem reza.
Referências:
Biblicas: 2Mc 12,46 (Macabeus); Mt 5,25-26; Mt
12,32; 1Cor 3,15; 1Pd 1,7 (Por: padre Francisco Ferreira)
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