Num clima de alegria e esperança, provocado pela ascensão ao pontificado
petrino do Papa Francisco, iniciamos - no Domingo de Ramos - mais uma Semana Santa com a entrada
triunfal de Jesus na cidade de Jerusalém.
As dificuldades encontradas não são fracasso nem caminho sem saída. Elas
nos levam a firmar a esperança na luta por uma vida sem obstáculos
intransponíveis. Foi o que aconteceu com Cristo, no trajeto da Paixão,
culminando com Sua morte na cruz. Em todo esse caminho, Ele passou por diversos
atos de humilhação.
A estrada da cruz foi uma perfeita reveladora da identidade de Jesus.
Ele teve de enfrentar os atos de infidelidade e rebeldia do povo que estava
sendo infiel ao projeto de Deus, inclusive sendo crucificado entre malfeitores.
Jesus partilha da mesma sorte e dos mesmos sofrimentos dos assassinos e ladrões
de sua época.
Na Semana Santa devemos associar ao sofrimento de Cristo o
mesmo que acontece com tantas famílias e pessoas violentadas em nosso tempo.
Podemos dizer da violência armada, dos trágicos acidentes de trânsito, das
doenças que causam morte, do surto da dengue, dos vícios que ceifam muita
gente, etc.
Jesus foi açoitado, esbofeteado, teve a barba arrancada, foi insultado e
cuspido. O detalhe principal é que nenhum sofrimento O fez desistir de Sua
missão nem ter atitude de vingança. Ele deixou claro que o perdão é mais forte do que a vingança.
Devemos aprender com Ele e olhar a vida de forma positiva, sabendo que
seu destino é projetado para a eternidade em Deus.
Autor: Dom Paulo M. Peixoto - Arcebispo de Uberaba (MG)
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