Pages

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Fé e Política - Parte I

Os últimos Papas têm convocado os fiéis católicos a participarem da política ativamente. Sabemos que a política correta é um meio forte de viver a caridade, pois visa o bem comum, especialmente dos mais desamparados, doentes, pobres, desabrigados, sem escolas, etc. Na comemoração dos 150 anos de unidade da Itália. O Papa Bento XVI fez um apelo a que os bispos incentivem os católicos a participar da vida pública. Disse: “A fé, de fato, não é alienação: são outras as experiências que contaminam a dignidade do homem e a qualidade da convivência social”. O Papa pediu aos bispos que estimulem os fiéis leigos a “vencer todo espírito de fechamento, distração e indiferença, e a participar em primeira pessoa na vida pública”, para construir uma sociedade que respeite plenamente a dignidade humana. O Papa insistiu na importância das “iniciativas de formação inspiradas na Doutrina Social da Igreja, para que quem esteja chamado a responsabilidades políticas e administrativas não seja vítima da tentação de explorar sua posição por interesses pessoais ou por sede de poder”. (ROMA 26/5/2011- ZENIT.org) - Infelizmente criou-se entre nós católicos uma cultura perigosa de se afastar da política por ela ser exercida muitas vezes por corruptos e imorais. Ora, sabemos que há a boa política e também a politicagem; o político e o politiqueiro. Não podemos queimar a política por causa da politicagem, temos que afastá-los do poder por meio do voto. A Igreja insiste na participação dos fiéis na política, senão vejamos. O Concílio Vaticano II disse na “Gaudium et Spes”:“Lembrem-se portanto todos os cidadãos ao mesmo tempo do direito e do dever de usar livremente seu voto para promover o bem comum. A Igreja considera digno de louvor e consideração o trabalho daqueles que se dedicam ao bem da coisa pública a serviço dos homens e assumem os trabalhos deste cargo.”(GS 75) O Catecismo da Igreja insiste: §899 - “A iniciativa dos cristãos leigos é particularmente necessária quando se trata de descobrir, de inventar meios para impregnar as realidades sociais, políticas e econômicas com as exigências da doutrina e da vida cristã. Esta iniciativa é um elemento normal da vida da Igreja.” §2442 - “Não cabe aos pastores da Igreja intervir diretamente na construção política e na organização da vida social. Essa tarefa faz parte da vocação dos fiéis leigos, que agem por própria iniciativa com seus concidadãos. A ação social pode implicar uma pluralidade de caminhos concretos. Terá sempre em vista o bem comum e se conformará com a mensagem evangélica e com a doutrina da Igreja. Cabe aos fiéis leigos "animar as realidades temporais com um zelo cristão e comportar-se como artesãos da paz e da justiça". Noto que, por exemplo, nos Sites da internet, no Facebook e no Orkut muitos cristãos assumem com orgulho a identidade católica, mas desprezam a política, como se fosse apenas atividade dos maus. Alegro-me em ver a Renovação Carismática com um ministério de Fé e Política em todos os níveis. Autor: Prof. Felipe Aquino Fotos: http://www.google.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário