Projeto do Centro Pastoral da Paróquia Nossa Senhora das Dores de Rajada

Projeto do Centro Pastoral da Paróquia Nossa Senhora das Dores de Rajada
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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A vida do bispo emérito de Juazeiro - BA, que faleceu hoje.


Dom José nasceu no Estado do Rio de Janeiro, em 1926. Foi professor de português no Seminário de Aparecida (SP), e entre 1966 e 1968 fez o Curso de Especialização em Catequese e Pastoral em Bruxelas. Voltando ao Brasil, trabalhou nas Missões em São Paulo, Minas, Paraná e Amazonas.
Em 1970 foi eleito Superior Provincial dos Missionários Redentoristas de Goiás e Distrito Federal.
Em 1975 foi ordenado bispo e nomeado para a Diocese de Juazeiro.
Na ocasião, a construção da Hidroelétrica de Sobradinho tinha desalojado 72 mil pessoas. Dom José entrou logo na luta em defesa dessas pessoas. Foi a primeira das muitas lutas, pelos direitos dos pobres do sertão, na qual ele se envolveu, enfrentando inclusive a ferocidade da ditadura militar.
Sua capacidade de luta, seu sentimento de solidariedade com o povo excluído e sua intransigência na defesa dos direitos humanos fizeram que ele fosse freqüentemente acusado (pelos mais favorecidos, é claro,) de ter uma atuação mais política que religiosa.
Desde que chegou a Juazeiro promoveu nove Pastorais Sociais (da Terra, da Criança, da Juventude do Meio Popular, da Mulher Marginalizada, da Saúde, dos Pescadores, Carcerária); criou o Setor Diocesano da Comunicação Audiovisual, com uma Biblioteca com 45.000 volumes, equipamentos de produção de rádio e televisão, jornalismo impresso, uma locadora com 2.000 títulos de vídeos para escolas e professores além de três programas de rádio semanais. Foi o criador do projeto Cisternas Caseiras (para armazenar água de chuva), de tanto sucesso que o Ministério do Meio Ambiente pretende copiá-lo.
Dom José  prestou depoimento em numerosas CPIs, como aquela – sobre a grilagem na Bahia em 1977; na Comissão da Bacia do São Francisco em 1978, quando falou nos problemas causados pela construção da Barragem de Sobradinho – e na do Terror em 1981, entre outras.
Dom José participou de numerosos debates sobre a seca e a fome no Nordeste.
Membro da Associação Bahiana de Imprensa, durante seis anos seguidos Dom José recebeu o Troféu Mandacaru de Ouro, criado por um grupo de jornalistas da Bahia para homenagear os destaques do ano em política, economia, arte, cultura e religião.
Em 1992 publicou-se sua biografia em alemão, já traduzida e publicada sob o título “O Bispo dos Excluídos: Dom José Rodrigues.”
Bahia em Pauta (como Juazeiro, a Bahia e o País) está de luto com a morte de Dom José Rodrigues. E o editor deste site blog que teve a honra de merecer a amizade e a confiança deste religioso notável e figura humana grandiosa sente o duro golpe da sua partida nesta triste quinta-feira, 6, aos 86 anos.
Dom Rodrigues partiu. Viva Dom José Rodrigues, o Bispo dos Excluidos! Para sempre na memória de sua gente e dos seguidores de seus exemplos de coragem, justiça e solidariedade.

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