Para eles, acrescentou o Papa, Jesus fazia coisas estranhas: “caminhar com pecadores, comer com os publicanos” – o que para os doutores significava colocar a doutrina em perigo. Eles se esquecem que Deus é o Deus da lei, mas também o Deus das surpresas: “Eles não entendiam que Deus é o Deus das surpresas, que Deus é sempre novo; jamais renega a si mesmo, mas sempre nos surpreende. E eles não entendiam e se fechavam naquele sistema feito com tanta boa vontade e pediam a Jesus: ‘Dê um sinal!’. E não entendiam os muitos sinais que Jesus dava e que indicavam que o tempo estava maduro. Fechamento! Segundo, tinham se esquecido que eles eram um povo em caminho. Em caminho! E quando alguém está em caminho, sempre encontra coisas novas, coisas que não conhecia”.
O Papa acrescentou que um caminho não é absoluto em si mesmo” mas é o caminho rumo à manifestação definitiva do Senhor. “A vida é um caminho rumo à plenitude de Jesus Cristo, quando virá pela segunda vez”. Esta geração procura um sinal, mas – afirma o Senhor – não lhe será dado qualquer sinal, a não ser o de Jonas”, ou seja, “o sinal da Ressurreição, da Glória, daquela escatologia rumo à qual caminhamos”. Quando Jesus afirma no Sinédrio ser o Filho de Deus, os doutores leem este sinal como uma blasfêmia E por isso, Cristo os define como “geração má”. Francisco reiterou que se a lei não leva a Jesus Cristo, não se aproxima Dele, está morta. E por isso Jesus reprova os doutores, por não serem capazes de conhecer os sinais dos tempos.
“E isso deve fazer-nos pensar: eu fico preso às minhas coisas, às minhas ideias, fechado? Ou estou aberto ao Deus das surpresas? Sou uma pessoa estática ou uma pessoa que caminha? Eu acredito em Jesus Cristo – naquilo que Ele fez: morreu, ressuscitou e acabou a história – ou acredito que o caminho prossiga rumo à maturidade, à manifestação de glória do Senhor? Eu sou capaz de entender os sinais dos tempos e ser fiel à voz do Senhor que se manifesta neles? Podemos hoje fazer estas perguntas e pedir ao Senhor um coração que ame a lei, porque a lei é de Deus; mas que ame também as surpresas de Deus e que saiba que esta lei santa não é fim em si mesma”. Em caminho, reafirmou o Papa, é uma pedagogia que nos leva a Jesus Cristo, ao encontro definitivo, onde haverá este grande sinal.(Fonte e foto: Rádio Vaticano)
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