A
Palavra de Deus na celebração litúrgica deve ser proclamada com simplicidade e
autenticidade. O leitor, em resumo, deve ser ele mesmo e proclamar a Palavra
sem artifícios inúteis. De fato, uma regra importante para a própria dignidade
da liturgia é a da verdade do sinal, que afeta tudo: os ministros, os símbolos,
os gestos, os ornamentos e o ambiente”.
O leitor deve ter pelo menos
um conhecimento mínimo da Bíblia: estrutura, composição, número e nome dos
livros do Antigo e Novo Testamentos, seus principais gêneros literários
(histórico, poético, profético, sapiencial etc.). Quem vai ler na missa precisa
saber o que vai fazer e que tipo de texto vai proclamar.
Além
disso, precisa ter uma preparação litúrgica suficiente, distinguindo os ritos e
suas partes, e sabendo o significado do próprio papel ministerial no contexto
da Liturgia da Palavra. Ao leitor corresponde não só a proclamação das leituras
bíblicas, mas também a das intenções da oração dos fiéis e outras partes que
lhe são designadas nos diversos ritos litúrgicos.
2. A preparação técnica
I leitor deve saber como
chegar ao ambão e posicionar-se nele, como usar o microfone e o lecionário,
como pronunciar os diversos nomes e termos bíblicos, de que maneira proclamar
os textos, evitando uma leitura apagada ou enfática demais.
Precisa ter
clara consciência de que exerce um ministério públicodiante da assembleia
litúrgica: sua proclamação, portanto, deve ser ouvida por todos. o “Verbum
Domini” com o qual termina cada leitura não é uma constatação (“Esta é a
Palavra do Senhor”), mas uma aclamação repleta de assombro, que deve despertar
a resposta agradecida de toda a assembleia, o “Deo gratias”: “Graças a Deus”.
3. A formação espiritual
A Igreja não contrata atores
externos para anunciar a Palavra de Deus, mas confia este ministério aos seus
fiéis, porque todo serviço à Igreja deve proceder da fé e alimentá-la. O
leitor, portanto, precisa procurar cuidar da vida interior da Graça e dispor-se
com espírito de oração e olhar de fé.
Esta dimensão edifica o povo
cristão, que vê no leitor uma testemunha da Palavra que proclama. Esta, ainda
que seja eficaz em si mesma, adquire também, da santidade de quem a transmite,
um esplendor singular e um ministério atrativo.
Do cuidado da própria vida
interior do leitor, além do bom senso, dependem também a propriedade dos seus
gestos, do seu olhar, do seu vestir e do penteado. É evidente que o ministério
do leitor implica uma vida pública conforme os mandamentos de Deus e as leis da
Igreja. (Texto: cleofas.com.br)
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